A 2ª Turma denegou a ordem em “habeas corpus” no qual se sustentava a existência de ilegalidade
em sentença condenatória que teria fixado de forma automática o regime inicial semiaberto para o
cumprimento de pena aplicada em patamar inferior a quatro anos, exclusivamente em razão da
exasperação da pena-base. No caso, os pacientes foram condenados à pena de dois anos e seis meses de
detenção pela suposta prática de crime contra a ordem econômica (Lei 8.176/1991, art. 1º, I), o que,
segundo alegado, ensejaria a fixação do regime aberto, nos termos do art. 33, § 2º, c, do CP. O Colegiado
destacou que, na espécie, embora a pena final fixada fosse inferior a quatro anos, duas das circunstâncias
judiciais contidas no art. 59 do CP seriam desfavoráveis aos pacientes — as circunstâncias e as
consequências do crime —, o que, nos termos do § 3º do art. 33 do CP (“A determinação do regime
inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código”)
e do Enunciado 719 da Súmula do STF (“A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a
pena aplicada permitir exige motivação idônea”), impediria a aplicação do regime inicial mais brando.
Nessa perspectiva, não haveria dúvidas de que, por ocasião da sentença, o magistrado “a quo” cumprira
satisfatoriamente a exigência de fundamentação da decisão, tendo em vista que apresentara justificativa
plausível, amparada pelo ordenamento jurídico, para determinação do regime inicial semiaberto.
HC 124876/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 24.2.2015. (HC-124876)
(Informativo 775, 2ª Turma)
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